O renovado interesse pela paisagem tem sido observado, especialmente a partir de 1970, em diversas áreas do conhecimento, como arquitetura, geografia, antropologia, sociologia, história da arte e filosofia. Ganha particular ênfase a perspectiva fenomenológica do tema, que tem em Michel Collot o seu principal teórico, tomando a paisagem como uma estrutura que “se investe de significações ligadas à existência e ao inconsciente do sujeito que percebe a paisagem”. Essa organização perceptiva é, portanto, também simbólica. Partilhando esse interesse, e aproveitando a vinda de Collot ao Brasil para lançar A matéria-emoção, reunião de ensaios traduzidos publicada pela Editora Oficina Raquel, convidamos poetas e pesquisadores a refletir acerca das relações entre natureza – enquanto paisagem já traz ou não o selo do homem – e tempo, corpo, subjetividade e escrita.
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